Liminar que impedia a construção de canteiro de obras foi cassada pelo Tribunal Regional Federal
Em princípio o principal argumento do desembargador federal, Olindo Menezes, é que os empreendedores não teriam que cumprir todas as condicionantes do projeto para iniciar as obras. Assim, a novela continua. A liminar obtida anteriormente pelo Ministério Publico Federal, além de impedir a construção do canteiro de obras, também proibia o BNDES de repassar recursos para o empreendimento.
Recentemente, o grupo Bertin, que detinha 9% de participação no consorcio Norte Energia, responsavel pela obra, desistiu do projeto. Novos investidores são esperados. Entre os cotados: a Vale e grupo Votorantim.
O Ministerio Publico Federal promete recorrer uma vez mais da decisão. O principal argumento é que não foram realizadas as obras de infraestrutura e saneamento na região de Altamira que deve receber mais de 100.000 trabalhadores em função da obra. Aliás, não é só em Belo Monte que este problema ocorre: em diversas cidades do centro-oeste, onde estão sendo construidas usinas de pequeno porte, ocorre um aumento significativo da população em função da obra, o que termina por causa inúmeros problemas sociais.
Por outro lado, ONGs como Xingu Vivo, buscam um novo forum para a questão, a OEA, que já impediu a construção de uma usina no Panamá, por não respeitar a população local.
Organizações internacioanis de meio ambiente e direitos humanos como Amazon Watch organizaram uma missão internacional a 4 cidades europeias (Oslo, Paris, Londres e Genebra) para denunciar impactos econômicos, sociais e ambientais, bem como irregularidades que envolvem a construção de grandes barragens na Amazônia.
Lideranças indígenas, como a kayapó Sheyla Juruna, foram ouviadas na Casa dos Lordes, em Londres e na Agência Energética Norueguesa, entre outras instituições.
Organizações internacioanis de meio ambiente e direitos humanos como Amazon Watch organizaram uma missão internacional a 4 cidades europeias (Oslo, Paris, Londres e Genebra) para denunciar impactos econômicos, sociais e ambientais, bem como irregularidades que envolvem a construção de grandes barragens na Amazônia.
Lideranças indígenas, como a kayapó Sheyla Juruna, foram ouviadas na Casa dos Lordes, em Londres e na Agência Energética Norueguesa, entre outras instituições.
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Protestos em Londres |
As barragens trarão danos sociais, culturais e ambientais irreversíveis. Ao investir em hidrelétricas, o BNDES está investindo na destruição da Amazônia. Todos os nossos direitos estão sendo violados”, afirmou Sheyla.
Assim pouco a pouco a questão se internacionaliza. E nós brasileiros vamos deixando de lado mais uma oportunidade de discutir o país que realmente queremos.
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