quinta-feira, 3 de junho de 2010

A crise da Grécia, o que o Brasil tem a ver com isso?

Capítulo 2: a privatização dos serviços

Os primeiros desdobramentos da crise grega já estão aparecendo. As medidas para a contenção de despesas dos governos já se espalharam para outros países de risco da Europa, começando pela Espanha. A Alemanha está endurecendo as regras do mercado financeiro, e forçando uma politica fiscal rigida para o euro, no padrão alemão de administração do Banco Central. Ou seja, está tentando retomar o controle sobre o euro, colocando a moeda sobre padrões mais reais. E a Grécia, como está? A mobilização contrária às medidas, embora forte, neste momento está sob controle.



Após a primeira etapa de corte dos gastos do Governo, foi iniciada a fase 2 do plano de recuperação econômica, ou seja, gerar novas receitas, para cobrir o rombo. E como gerar receita para o Estado?
  • aumentando impostos, medida que já foi tomada anteriormente.
  • privatizando empresas estatais, para cobrir o rombo.
A politica monetaria no fundo é bastante próxima a vida de qualquer um que tenha que pagar contas. Se você tiver que pagar contas e sua renda não for mais suficiente você tem 2 caminhos: aumentar a renda através de uma atividade produtiva ou pedir um empréstimo para cobrir a dívida. A Grécia aceitou o empréstimo. Agora tem que pagar e pior continua sem dinheiro suficiente para viver. Só tem uma solução: vender algum bem de valor.


Mas o que vender? A telefonia já foi vendida, o gás também, as estradas privatizadas, a energia também.
O que nos resta? 
A Alemanha sugeriu que colocassem as Ilhas Gregas à venda. Parece brincadeira, né? No fundo não é: os alemães já estão comprando muitas propriedades na Grácia.

Surgiu uma outra alternativa:
Vender os Correios, os serviços de transporte e o bem maior do século 21, 
a água. 

E o que o Brasil tem a ver com isso?

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