segunda-feira, 12 de julho de 2010

Elisabeth, a segunda



A rainha Elisabeth, ou Isabel como dizem alguns portugueses, após 53 anos de ausência, foi à sede da Onu em Nova York. Fez um breve discurso de 8 minutos, durante o intervalo de uma das semi-finais da copa (Uruguai x Holanda). Segundo as agências internacionais foi aplaudida por diplomatas de todo o planeta ao final.
Mas o que a Rainha foi dizer. Foi falar sobre a própria ONU e os desafios do Planeta para o futuro, destacando a questão do combate ao terrorismo e as mudanças climáticas.






Mr. President, I started by talking about leadership.

I have much admiration for those who have the talent to lead, particularly in public service and in diplomatic life - and I congratulate you, your colleagues and your predecessors on your many achievements.

It has perhaps always been the case that the waging of peace is the hardest form of leadership of all.

I know of no single formula for success, but over the years I have observed that some attributes of leadership are universal, and are often about finding ways of encouraging people to combine their efforts, their talents, their insights, their enthusiasm and their inspiration, to work together.

Sr Presidente, comecei falando sobre liderança

Tenho muita admiração por aqueles que tem o talento de liderar, particularmente no serviço público e na vida diplomática - e congratu-lo a você, aos seus colegas e predecessores pelas muitas conquistas.

Talvez a busca pela paz tenha sempre sido a mais difícil forma de liderança. 
Sei que não existe uma fórmula para o sucesso,  mas ao longo dos anos observei alguns atributos da liderança que são universais, e estão sempre ligados à capacidade de encontrar caminhos para estimular as pessoas a combinar seus esforços, seus talentos, seus insights, entusiasmo e inspiração, para trabalhar juntos.

The challenge now is to continue to show this clear and convening leadership while not losing sight of your ongoing work to secure the security, prosperity and dignity of our fellow human beings.
When people in fifty-three years from now look back on us, they will doubtless view many of our practices as old-fashioned. But it is my hope that, when judged by future generations, our sincerity, our willingness to take a lead, and our determination to do the right thing, will stand the test of time.
In my lifetime, the United Nations has moved from being a high-minded aspiration to being a real force for common good. That of itself has been a signal achievement.
But we are not gathered here to reminisce. In tomorrow’s world, we must all work together as hard as ever if we are truly to be United Nations.
 
O desafio agora é continuar a exibir esta clara liderança sem perder o foco na tarefa de assegurar segurança, prosperidade e diginidade aos nossos companheiros seres humanos. 
Quando as pessoas daqui a 53 anos olharem para nós, sem dúvida acharão que muitos dos nossos costumes são antiquados, ultrapassados. Mas espero que, quando for julgada pelas futuras gerações, nossa sinceridade, nossa vontade de liderar e nossa determinação de fazer a coisa certa, resistam a prova do tempo.
Durante minha vida, as Nações Unidas deixaram de ser uma aspiração de mentes elevadas e se transforamaram em um força real a favor do bem comum. Isto sozinho foi uma conquista.
Mas não estamos aqui para falar de reminicencias. No mundo de amanhã, precisamos trabalhar todos juntos com dedicação se realmente quisermos ser Nações Unidas.
Você pode estar se perguntando qual seria a relevância deste discurso. A Rainha Elizabeth, a Segunda ainda tem influência sobre a política externa de 54 países, aproximadamente 2 bilhões de seres humanos, cidadãos das nações que compões o Commonwealth. Será assim tão irrelevante?
Para entender o Commonwealth